Ela começou como um BrewPub, produzindo cerveja em seu porão. O sucesso foi tão grande e tantos premios vieram, que tiveram que aumentar, por duas vezes, a capacidade de produção. Construíram mais dois locais e tiveram que importar os tanques de brassagem de cobre da Europa.
Aqui no Brasil chegaram 5 rótulos, quase todos premiados. São eles Boont Amber Ale; Poleeko Gold Pale Ale; Boont Extra Special Beer; Hop Ottin´ IPA e Barney Flats Oatmeal Stout.
A Boont Amber Ale tem 5,8% abv e, como o próprio nome diz, é uma cerveja de coloração âmbar, escura. Sua espuma é bege, bem cremosa, densa. Tem boa formação e dura bem. No aroma, notas de caramelo e leve lúpulo.
A cerveja é equilibradíssima! Ao beber, se percebe em um primeiro plano o caramelo, trazendo um dulçor. Mas, logo depois um leve lúpulo aparece, com seu amargor. É uma cerveja muito fácil de beber, refrescante.
Em seguida, foi a vez da Poleeko Gold. Uma American Pale Ale, dourada, levemente turva de 5,5% abv. O colarinho é branco, bem cremoso e tem bolhas grandes. Como visto na foto abaixo, tem boa formação e retenção.
Completamente dentro do estilo proposto, a Poleeko Gold traz notas de lúpulo, cítrico e malte bem de leve no nariz. Já o paladar tem um bom amargor, inclusive, aparecendo novamente no aftertaste. Essa cerveja é leve, de alta carbonatação e muito fácil de beber!
Mais uma Californiana de estilo inglês! Não preciso mencionar qual é o estilo da Boont ESB, certo? Aliás, como toda boa ESB, essa cerveja de 6,8% abv é uma bomba de amargor. Bitter de respeito é assim.
É uma cerveja dourada escura/cobre claro, com colarinho branco de média a boa formação, com média duração. Tanto no aroma, quanto no paladar, no começo se percebe o malte, mas rapidamente o lúpulo, como todo seu amargor toma a frente e finalizar a cerveja. O amargor é realmente elevado (61 IBUs).
Depois de amargar a vida desse jeito, eu não tinha outra escolha que não fosse continuar amargando cada vez mais hehehe! A próxima foi a Hop Ottin´ IPA com 7% abv e 80 IBUs!
Interessantíssima IPA. Cor cobre, espuma de baixa formação e média duração. No aroma, lúpulo, cítrico e caramelo leve. No paladar o lúpulo e o caramelo se repetem. A cerveja é muito equilibrada. Rola um revezamento ao beber essa cerveja (hein?)! No primeiro gole aparece o amargor do lúpulo na frente do malte caramelo. Quando se repete o gole, ocorre o contrário.
Claro, foi a que eu mais gostei, mas sou suspeito para falar de IPAs. Curiosamente é a única que não carrega uma medalha de ouro no rótulo.
Pra finalizar e passar a régua, a Barney Flats Oatmeal Stout. Esse é um subestilo de stout que traz aveia em sua composição. A aveia acaba agregando corpo a cerveja. Aprendi a gostar deste estilo após beber uma excelente versão no curso da Confraria do Marquês.
Mas e a Barney Flats? É leve, de baixo amargor e alta drinkability. É preta, com boa formação de espuma, que por sua vez é bege. A retenção é de média a baixa, mas uma fina camada perdura ainda algum tempo.
No aroma, notas de café e chocolate. Na boca, a cerveja é bem cremosa (por causa da aveia), doce e levemente torrada.
Todas as cervejas da Anderson Valley são muito bem equilibradas. A única tristeza ficou por conta da minha querida IPA ser a única a não carregar orgulhosamente a medalha de ouro no peito. Paciência e parabéns a Anderson Valley Brewing Company!
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